Casais,
A história do casal de hoje é super emocionante, vocês vão amar! Além de tudo, amei a ideia do ‘save the date’.
“Sabe a famosa frase de “na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, por todos os dias da nossa vida”? É assim que posso iniciar pra contar um pouquinho da nossa história.
Todas as histórias de amor são lindas, mas a nossa é especial! Nosso início foi marcado por um acidente de carro que mudou a vida dele e consequentemente a minha! Isso nos uniu ainda mais!
Eu e o Xu (assim que o chamo e acaba que muitas pessoas da família dele passaram a me chamar assim também, por conta do nosso apelido), nos conhecemos na faculdade de Direito, mas cada um estava em um longo relacionamento.
Fazíamos parte do mesmo grupinho de amigos . O engraçado é que o Marquinhos dizia e tudo que um dia ainda ficaria com “aquela menina de cabelos negros”. Ele já me olhava e eu me surpreendia quando o pegava olhando para a minha boca no meio da roda de amigos…
Pensava: “será que estou falando alguma besteira?rs. Ele não para de olhar pra minha boca…”kkk. (depois de muito tempo que fui descobrir que essa era a forma dele “me dar mole”, hahahaha).
Nada aconteceu nessa época e eu, não o enxergava de outra forma… Após a faculdade chegamos a almoçar com nosso grupo de amigos, eu informei meu número novo pra todas da mesa (apenas para atualização geral mesmo) e ele me ligou para marcarmos um happy hour já com segundas e terceiras intenções. Quando descobri que só iria ele do grupo, acabei dando pra trás, rs!
3 anos após a saída da faculdade, já sem contato a não ser esporádicos e-mails do grupo, em pleno carnaval do Rio de Janeiro, ele avista uma pessoa com o cabelo preto como o meu e sai correndo, mas ao chegar perto percebe que não era eu…rs.
Dois dias depois, eu que não sou nada foliã, fui arrastada pelos meus primos para um bloquinho e já num posto de gasolina, ele realmente viu a “sua menina dos cabelos negros”, mas como sou “difícil dificílima” nada ocorreu.
Nesse dia, quando o vi, e estava “altinha” com 3 ice (não costumo beber) dei um abraço de quem encontra um amigo. Mas ele até hoje diz que esse abraço foi o melhor da vida dele, quase no estilo “dançando lambada” hahaha.
No sábado após o carnaval, realmente marcamos de nos encontrar no bloquinho mulheres de Chico e mesmo marcando um ponto de encontro o bloco estava lotado e devido a concentração de pessoas os sinais dos telefones não pegavam. Ele já havia desistido e ao voltar pro carro recebeu uma mensagem minha, com a informação exata de onde estava, na areia da praia, em frente a barraca de número x.
Ufa, enfim saiu nosso primeiro beijo!
Após nosso terceiro encontro, uma ida ao cinema num domingo à noite, ele retornou pra casa dele e ficou de me avisar quando chegasse, mas isso não aconteceu. Eu já falando para todas as amigas que “homem não presta”, que ele sumiu após um simples cineminha e então, 3 dias depois, recebi um e-mail da irmã dele, quando ele acordou no hospital.
Ele pediu para que me ligassem, mas o celular deu “PT” junto com o carro e ele deu a senha do e-mail para que pudessem me avisar. Tão fofo né? E então foi assim… Nosso início foi primeiro na dor para depois construirmos a base do nosso amor.
Como ele estava no CTI e muita gente da família queria vê-lo esperei que ele fosse ao quarto, mas enquanto isso, ligava para o contato da irmã dela que deixou no primeiro e-mail e todos os dias após receber as notícias, mandava e-mail pra ele, como se ele estivesse lendo, pois saberia que depois ele teria essa “cartinha virtual” e saberia o quanto estava pensando nele e desejando que melhorasse. Brigava no e-mail quando descobria que ele acordou desanimado com as dores, quando não comia.
Enfim, quando ele teve alta, eu tinha uma viagem marcada para a casa de uma amiga em Belo Horizonte e quando retornei fui logo visitá-lo e ele diz que o trouxe sorte, pois nesse dia ele recebeu alta e pediu que fosse com ele e seus pais até sua casa. Tirei uma foto da família no sofá, depois que todos ajudaram ele a descer da cadeira de rodas e com todos os curativos na perna, testa e etc… essa foto está num porta retrato na sala dele, para lembrarmos o quanto ele venceu.
Foi uma sequencia de muita fisioterapia para ele sair da cadeira de rodas, algumas lesões que o acompanham até hoje, notícias de médico que ele não voltaria a mexer mais o braço nunca mais, muitos choros derramados por ele, por mim, pela família e hoje ele perfeitinho ao meu lado, com muito aprendizado.
Nossa história realmente é especial, digna de um livro. Aquela fase inicial de paixão que todos os casais passam no início, o nosso foi de lágrimas, mas que nos uniram demais e fez com que vivêssemos “50 anos em alguns meses”.
Hoje damos muito valor a cada momento, aos pequenos detalhes e vivemos como “se fosse a primeira vez” (um filme que ele passou a chorar as 350 mil vezes que viu após o acidente). As lições que tiramos são infinitas, muito aprendizado, muito companheirismo e amor.
Hoje não deixamos nada pra depois, a vontade de nos vermos independe de morarmos em bairros distantes, não esperamos chegar sexta-feira quando a saudade bate e 2016 será o nosso ano.
Por isso que, como não deixamos nada pra depois (deixamos de lado qualquer formalidade de esperar tantos meses antes do casamento) e já resolvemos distribuir os nossos balões de” save the date” a todos os nossos amigos e familiares… Para que eles possam separar o fôlego e reservarem a data, pois dia 08/10/2016 será um dia de muita emoção e MUITA ALEGRIA.
Tempo de agradecer pelo destino ter sido muito bom em cruzar nossas vidas. É uma dádiva no meio de tanta gente, encontrar a pessoa que você decidiu segurar na mão e nunca mais soltar! Fomos passar a virada do ano com amigos na Bahia e trouxemos nossos balões para fotografar!”
Gostaram?
Say I Do.