Grávidas e mamis de plantão!
Finalmente saiu o post sobre o meu parto!
Antes de explicar como eu o dividi, queria contar para vocês a minha ideia sobre partos. Quando eu era mais nova, tipo uns 15. Eu dizia que queria ter filho pelo parto cesárea. Eu nem cogitava parto normal – era muito nova, sem muita informação – associava o parto normal a dor. Fui crescendo e confesso que não pensava mais nisso. Até que tive a oportunidade de assistir 2 partos normais da minha tia e fiquei encantada. Tudo bem que a minha tia é daquelas que nasceu para parir sabe? Só falta cuspir o baby para fora rs? O que facilita bastante. Mas, me marcou, me animou, me incentivou e desde então só pensava no parto normal. Sem noias, apenas deseja e me prepararia para meus filhos virem ao mundo dessa forma. Maaas, infelizmente não controlamos o destino!
Dito isso, começo o relato do meu parto que aconteceu a 1:11 do dia 24 de fevereiro. Eu fiz o seguinte, no dia 21 minha médica me avisou que eu internaria para induzir o parto normal. Desde esse dia, onde já pairava uma certa ansiedade, vulgo, acordei várias vezes de madrugada, escrevi uma espécie de “diário” pré parto!
21 de fevereiro de 2016!
Bom, realmente não sabia como escrever os dias que antecederiam o meu parto. Por mais que eu ame dividir algumas coisas com vocês, especialmente pelo fato de dividir algumas coisas que ajudam outras pessoas – isso SEMPRE foi o que me motivou – não sabia como descrever esse momento. Então, hoje, dia 21, vou contar um pouquinho do que aconteceu,
Na quarta passada, dia 17 de novembro, fui na minha consulta semanal. Não comentei nada com vocês aqui, porque não gosto de gerar expectativas rs. O cenário era o seguinte: 2 dedos de dilatação , ele encaixou e o liquido tinha diminuído um pouco, mas ainda estava suuuuper dentro da média.
Minha médica pediu que eu fizesse um US no domingo para acompanharmos o líquido.
Voltando ao dia 21 de fevereiro – domingo. Acordamos e fomos fazer o US. A médica do laboratório disse que o líquido tava ótimo, 10,8. Dentro da média – até chegar a 8 é considerado normal. Conseguimos ver um pouquinho do rostinho dele no 3D, suuuuper amassado, tadinho, e com cara de bravo. Segundo meu marido, ele já tava meio bravo e impaciente de ficar na barriga rs – talvez ele tenha acertado.
Esperamos o resultado e mandei a foto para minha médica. Ela disse que me ligaria dali a pouco.
Quando ela me ligou, ela disse que o líquido estava bom, mas, tinha baixado um dos resultados do doppler. Basicamente, o nosso estava 0,75 e o limite é 0,70. Quando baixasse desse valor significaria que o bebe estará em sofrimento e ela não gostaria de arriscar. E como já tínhamos um quadro favorável para induzir, ela achou melhor agendarmos.
Ela iria até o Einstein a tarde e verificaria a agenda de internação.
Uma pequena pausa – este hospital esta com um problema imenso de falta de quarto, uma coisa surreal.
Oficialmente só teria vaga – para agendamento – no outro domingo. Ela conversou com a chefe obstetriz e conseguiu um horário para internarmos na terça as 13:00!! E, na segunda faríamos um exame para acompanhar o baby.
Agora estou aqui – domingo, 21 de fevereiro, 22:02 da noite, assistindo Fantástico e pensando.
Vou ser sincera. Tem um lado que tá achando ótima essa coisa de agendamento. Hoje fiz a unha, amanhã vou fazer depilação e acho que até uma limpeza de pele rsrs. Mas, ao mesmo é estranho ter um tempo, nem que sejam algumas horas para “organizar” as coisas finais. Fiquei preocupada com uma meia dúzia de reuniões que tenho no escritório, percebi que meu marido também ficou pensativo com alguns compromissos da semana… Confesso que me senti um pouco culpada com esse sentimento, pensei: eu deveria ficar radiante, mega empolgada. E, na verdade, estou preocupada com as minhas obrigações e compromissos da semana????? Mas acho que talvez tenha sido meio um escape, sei lá. Uma ansiedade disfarçada. E acho que com uma mistura de medo. Medo de como vai ser. A começar pelo medo de “será que vou conseguir o parto normal?” Eu sou uma pessoa que super levanta a bandeira do “seja o que Deus quiser”. Mas não adianta, vivemos numa sociedade que julga muito. E é obvio que no meu íntimo quero conseguir que ele nasça de parto normal. Depois, será que vou conseguir amamentar? Será que seremos bons pais? Será que vou conseguir voltar para o escritório e para o blog logo? Será que vou voltar ao meu peso? Será que serei como eu era antes ? Porque agora tô tão chata que nem eu me aguento, coitado do Luiz!! São tantos “será’s????”!!!
Agora tô pensando: será que vou conseguir dormir rs!!!
Continua….
22 de fevereiro de 2016!
Acordei umas 5:30 da manhã. Mas tinha ido dormir cedo, então não sei se era ansiedade ou não – eu realmente não me sinto nervosa e/ou ansiosa.
Fiz drenagem e fui para o escritório. Depois fui para o hospital, fazer um exame de bio vitalidade do feto. Minha irmã foi comigo e levamos um chá de cadeira, pois éramos encaixe. Tudo certo com o baby, mas aquele doppler que estava chegando no limite, realmente chegou, foi de 0,75 para 0,70. Mas ele estava suuuper agitado, tirou nota 10/10 na vitalidade – e ainda mostrou a língua no US rs. E a médica disse que sem problema esperar até o dia seguinte, que estava agendada a indução.
Voltei para o escritório para me “despedir” do time, e confesso que foi estranho pensar que só voltaria para lá mãe. Acho que a ficha da turma lá também não caiu muito….
Depois fui para o Laces, pois era dia do encanto da Lua Cheia, e como eu já sei que na amamentação o cabelo não fica muito bom, achei melhor garantir uma bela hidratação e tratamento. A noite fomos jantar com meus cunhados e depois fomos para casa descansar….! Dormimos cedo e agora, as 5:23, do dia 23, estou escrevendo esse relato!
Confesso que tô achando que a gravidez passou muito rápido. Já estou bem nostálgica em relação a minha barriga sabia? Eu amei tanto estar grávida, consegui ter uma gravidez mais incrível do que eu sonhava! Mesmo que lá no começo tivemos o susto do sangramento e o repouso relativo – que durou 1 mês – foi tudo perfeito. Esqueci das dores nas costas que tive, dos poucos enjoos do começo. Na minha opinião foi o fato de me ocupar muito e continuar tendo uma vida completamente normal. Não mudei praticamente nenhum hábito, nada. Brinco que se todas forem assim, teria uns 10 filhos rs. Mas eu sei que cada gravidez é uma, então não vou ficar pensando muito nisso…!
Bom, agora tô aqui, enrolando para o tempo passar….! Confesso que estou ansiosa e curiosa, para descobrir como é o tão falado trabalho de parto, o nível da dor… Eu sou uma pessoa bem programada e quadrada, então, é estranho para mim não saber exatamente o que me espera. E olha, que não posso nem reclamar, porque o baby Luca foi bem bonzinho, deixou a gente saber 2 dias antes o bate horário que tudo começaria.
Continua…
As próximas palavras estou escrevendo hoje, dia 6 de abril de 2016 – porque depois que entrei no hospital não consegui focar muito no meu “diário” rs!
23 de fevereiro de 2016!
Como eu comentei, acordei as 5:23 e não dormi mais! Finalizei as minhas coisas, do meu marido e chequei as do Luca. O assistente da minha arquiteta chegou umas 9:30 em casa, o que foi ótimo, pois super me distrai medindo umas coisinhas no quarto dele até a hora de sair!
Finalizamos tudo e saímos de casa! Com uma sensação tão maravilhosa e ao mesmo tempo tão estranha, que quando voltássemos seríamos 3 – mal sabíamos o tamanho do amor e alegria que estaríamos sentindo!
Essa foto tirei antes de ir para maternidade – que saudade da barriga!!!
Chegamos no hospital e fomos para internação, rapidamente fomos para o nosso quarto, aguardar o horário de inicio da indução. A minha médica tem uma clínica em Campinas, e como sabia que o processo seria longo, ela foi atender 3 pacientes por lá e por volta das 17 estaria de volta. Como ela não poderia estar comigo, contratei uma enfermeira obstetriz que ela confia para passar o dia ao meu lado. Eu super indico para quem quiser ter alguém junto durante todo o processo. Ela ajuda muito nas avaliações, nos momentos das contrações, achei que valeu muito a pena.
Quando ela chegou, por volta das 13:30, iniciamos o processo. Depois de umas 4 horas estava com 4 dedos de dilatação e comecei a sentir algumas contrações. Confesso que super suportáveis – mal sabia o que estava por vir rs! Minha família começou a chegar e algumas amigas também – confissão 2: sou super chegada numa festa, então quem quisesse ir estava liberado. Hoje, me arrependo um pouco de tê-las por lá durante o processo, pois, eu não conseguia relaxar. Ficava preocupada deles estarem com fome, cansados, estarem lá por obrigação sabe? E eu, não conseguia relaxar. Maaas, depois que ele nasceu, ver todo mundo na janelinha, foi uma das maiores alegrias da minha vida. Sei que nunca esquecerei deles ali, o dia todo nos esperando!
Voltando. Por volta das 22:00 da noite estava com uns 5,5 de dilatação e as contrações já estavam fortes – mas ainda suportáveis. Fui dar uma relaxada na banheira – confissão 3: nunca imaginei que no meu pré parto eu entraria numa banheira! Mas, foi a melhor coisa! Relaxa demais!! Mas nessa hora, na hora que vinha a contração o negocio pegava: lembro de falar para o meu marido que os próximos filhos seriam adotados – desespero do momento gente, rs! Quando a contração parava e podia respirar eu até esquecia da dor na contração. Por volta das 23:00 eu estava com um mix de muita dor e muito cansaço. Pedi para descer para a sala pré parto e tomar anestesia.
Descemos, esperamos mais uns 45 minutos, e estava com 6,5 de dilatação. Ah, preciso fazer um adendo. Desde o US da 34 semanas já sabíamos que o Luca era cabeçudo. A medida da cabeça dele era maior que a média das cabeças de 41 semanas. Sabíamos que seria um pouco difícil a minha bacia abrir tanto, mas, mesmo assim, insistimos em tentar.
Tomei a anestesia – achei tranquila, confesso que estava com um pouco de medo! O mais difícil é não se mexer na hora que ele esta aplicando e vem uma contração. Mas superamos super bem essa etapa. Depois da anestesia eu tive MUITA tremedeira, o que me deixou MUITO nervosa. Muito mesmo gente. Eu achava que a tremedeira praticamente estava me matando – exagerada, eu sei! Me deixarem coberta descansando por 30 minutos para ver como evoluía. Depois disso, continuava com 6,5 de dilatação e quando minha médica fez o toque viu que ele estava formando uma “bossinha” na cabeça dele. Que é quando o bebe esta forçando para sair e não consegue. Perguntei o que ela faria e ela me disse que ela achava melhor fazermos uma cesárea. Confissão 4, tive um mix de sentimentos. Primeiro: frustração. Tipo, tô aqui há quase 12 horas e vou morrer na praia?? Segundo: alivio. Eu estava muito cansada, muito preocupada com a minha tremedeira, preocupada com a minha tremedeira e queria que ele chegasse logo. Falei com meu marido e decidimos, juntos, que a cesárea era o melhor caminho para nós 3!
E lá fomos nós. A minha anestesia era para um parto normal e quando muda para cesárea o médico não pode trocar a anestesia. Para o parto normal, você não perde muita sensibilidade das pernas, resumo da ópera: eu senti a minha cesárea todinha! Eu narrei ela inteira. O anestesista tava até preocupado com o nível de detalhamento que eu dava rs. Mas eu não tive dor, apenas senti tudinho bem direitinho. Não demorou muito para o Luca nascer – na verdade até demorou, porque a cabeça dele era realmente grande rs – a média é 34cm a dele tinha 37cm – mas logo ouvimos ele chorar! Um fofo que já saiu chorando! Ele rapidamente veio para os meus braços e realmente é um amor, uma emoção, muito grande vê – lo se acalmar com a voz da mamãe. Eu continuava tensa com a tremedeira e o frio e preciso confessar que isso me fez não ter um parto tão tranquilo como eu sonhei, pois eu estava muito preocupada e tensa – acho que o parto do próximo filho vou curtir mais, pois já sei tudo o que pode acontecer!!
Fizeram todos os procedimentos nele, terminaram de me costurar e fomos para recuperação. Fiquei feliz que a enfermeira obstetriz, logo veio me dizer que ele nunca teria passado pela minha bacia – fiquei feliz, porque quando fomos para cesárea, percebi uma certa frustração dela, então, foi um conforto para mim ela dizer que ele não nasceria de parto normal e que fiz a escolha certa.
Depois ele mamou super bem, e ficamos um tempinho eu, ele e meu marido! Foi um momento maravilhoso – apesar do sono e cansaço rs! Por volta das 3:30 fomos para o quarto e assim começou a nossa vidinha a 3!!
Com todos os “poréns” foi maravilhoso e inesquecível. E, o que eu digo, é que a cada dia que passa o amor aumenta! E mesmo depois de tudo, horas depois, já começamos a pensar no próximo filho rs! Ou seja, realmente, esquecemos das dores, de tudo! Porque, o que vem na sequencia, é muito compensador!
Espero que tenham gostado e que ajude algumas grávidinhas de plantão, com alguma dúvida! E, qualquer coisa, podem me escrever também, para falarmos mais: [email protected] – vou deixar meu email pessoal, pois tenho acessado ele com mais frequência.
E em especial, uma mensagem aos futuros papais. Vocês são tudo para gente nesse momento. De verdade. São o nosso conforto, o nosso alicerce, a nossa força. Sem vocês, não seria tão tranquilo e especial!
Com todo carinho,
Mamãe Camila.