Casais, tudo bom?
Como estão os preparativos para as festas de fim de ano? Nossa, eu adoro essa época, ainda mais esse ano com o baby a caminho! O pedido de hoje é muito bonito com uma história emocionante por trás, confiram!
“O verdadeiro amor nasce em tempos difíceis” – Tirei essa frase do livro/filme “A culpa é das estrelas”, uma história emocionante, um tanto parecida com a minha história com o Paulo Victor e que tem muito a ver com o nosso começo. Ele me achou no Facebook, através daquelas sugestões de amizade, viu alguns amigos em comum da igreja e me adicionou. Detalhe: ele, super tímido só me adicionou no face e no insta (curtiu mais de 300 fotos minhas em uma manhã e não, não é exagero! rs) mas nunca me deu nem um “oi”!
No dia 15 de junho de 2014, mandei umas mensagens inbox para uns amigos convidando para uma confraternização de um grupo da igreja e sem querer mandei uma mensagem para ele achando que havia enviado para outro rapaz, que também se chama Paulo. Para minha surpresa, no mesmo dia ele respondeu todo atiradinho, dizendo que não estava entendendo, mas que aceitava ir. Oi? Como assim? Na hora que vi a notificação na tela do celular surtei. Eu havia dado o endereço da minha casa para um estranho? E agora? Fui no perfil dele e vi que era o tal rapaz da igreja que havia me adicionado e nunca havia falado comigo, respirei aliviada e respondi a mensagem com uma vergonha virtual imensa hahaha! No mesmo dia dessa mensagem, o cachorrinho dele (Toy), companheiro de 16 anos havia morrido e ele estava muito triste, inclusive um pouco “chateado” com Deus porque ele disse que sempre orava pedindo para que o Toy só partisse quando ele não estivesse mais sozinho (nessa época ele tinha 25 anos e nunca tinha namorado, nem mesmo ficado com ninguém. Fofo demais!). Até hoje ele conta que sempre queria puxar assunto e que nunca tinha coragem, mas que orava a Deus para que eu não começasse a namorar até que ele tivesse tomado coragem para falar comigo, mas que nesse dia, mesmo com a mensagem enviada por engano, ele sabia que não era coincidência e sim uma resposta de oração, como se o Senhor dissesse: “levei o Toy, mas cumpri minha promessa, não te deixei sozinho”.
Fomos nos falando pela internet até que ele mencionou algo sobre um tratamento de quimioterapia, eu me senti a vontade para perguntar do que se tratava ao certo e ele me falou que há poucos dias havia acabado a última quimio e que estava esperando para começar a radioterapia. Ele descobriu, num exame admissional, um linfoma enorme e estava em tratamento contra esse câncer. Na hora senti no meu coração o desejo de cuidar da vida dele, de estar perto, mas na minha cabeça apenas como amiga. Todas as vezes que saímos eu o convidava e ele quase nunca tocava no assunto da doença e quando falava era tão tranquilo e sereno que me deixava admirada com tanta fé em um jovem vivendo em meio a um turbilhão, uma doença tão dura.
Conversávamos todos os dias, o dia todo, ficava ansiosa esperando mensagens, queria compartilhar até coisas bobas, mas negava para mim mesma que estava sentindo algo (havia saído de um relacionamento extremamente complicado há poucos meses e não queria me relacionar com ninguém). Mesmo antes de começarmos a namorar eu havia pedido para acompanha-lo nas sessões de radioterapia. Conversei com o nosso pastor que foi bem direto e me deu um tapa na cara com luva de pelica, dizendo que ou eu aceitava o que estava sentido e ia viver essa benção de Deus ou me distanciasse dele para não iludi-lo. A ideia de distância me doeu tanto, mas tanto, que eu vi que não conseguiria ficar longe dele. O fato da doença em momento algum foi empecilho, só não queria me envolver e me machucar novamente, mas o que eu queria era estar com ele e assim, começamos a namorar junto com o início da radioterapia, fui às sessões com ele e o nosso primeiro mês de namoro foi indo quase todos os dias ao Instituto do Câncer, mas nem isso apagou o brilho do começo do namoro.
O tratamento acabou, o namoro seguiu firme. Os meses passaram, completamos nosso primeiro ano e já falávamos muito de casamento, todos os dias. Na hora de nos despedirmos para ele ir para casa, era uma tortura. Decidimos que iríamos intensificar as nossas orações pelo nosso casamento e, pela fé, marcar a data. Então tínhamos o nosso dia, mas nada de pedido (quén quén quén quén quén). Desde o início falava que queria um pedido criativo, com as pessoas mais importantes para nós presentes e que fosse filmado (para eu sempre assistir e mostrar para os filhos e netos! haha).
Então, com a ajuda de um casal amigo nosso, que têm de uma agência de publicidade (nossa eterna gratidão a vocês, Diego e Priscila!), o dia 03 de outubro começou diferente.
Logo cedo, tinha acabado de acordar, e a minha mãe entregou um buquê de rosas lindo, com um ursinho e um cartão personalizado, cujo tema era: “Paulo Victor e Sarah. Prévia do grande dia, repleto de emoções”. No cartão dizia que aquele dia seria muito especial e que para isso eu precisaria relaxar, e deveria estar às 10h no endereço X. Gelei, meu coração foi a mil. Liguei para ele e ele não me disse o que tinha no tal endereço, mas que precisaria ir, na hora marcada, e levar uma roupa para trocar depois. Quando cheguei lá era um spa, havia um horário reservado para uma massagem com pedras quentes e na sala onde faria a massagem, estava outro cartão, com o mesmo tema, e uma caixa de doces que eu amo. Nesse cartão dizia que os últimos dias não tinham sido fáceis e que eu merecia uma massagem, que eu relaxasse e que o encontrasse para almoçar. Gente, pausa!! Quem consegue relaxar sabendo que aquele pode ser o grande dia, o “dia da promoção de namorada a noiva”, como sempre digo? Hahaha!
Ok, depois da massagem fui encontrá-lo e, enquanto caminhava até o restaurante, sentia minhas pernas bambas e pensava: “Será que vai ser agora? Mas ele sabe que eu sempre quis estar “arrumadinha” na hora do pedido, pelo menos com o cabelo ajeitadinho e as unhas feitas”. Cheguei no restaurante, ele estava super nervoso, trocando mensagens no celular e pensei que seria ali mesmo, mas não foi. Almoçamos, conversamos sobre o que estava acontecendo no dia, perguntei se ele ia me pedir naquele momento e ele não disse nada, apenas riu e me deu um livro: O namoro e o noivado que Deus sempre quis. Ele pediu a conta e quando o garçom veio, trouxe outro cartão, igual aos demais, dizendo que as surpresas não haviam acabado, que às 15h eu estivesse num determinado salão para completar o dia de princesa.
Cheguei no salão na hora marcada e os profissionais já estavam esperando por mim. Fiz tudo! Hidratação, cabelo, maquiagem, unhas e quando estava quase no final, o meu sogro (que sempre digo que é meu pai do coração) chegou com um sorvete que eu amo e outro cartão que dizia para eu estar pronta às 20:45h para o jantar especial. Nesse momento quase chorei e borrei tudo, ver o pai dele, que sempre esteve tão presente na nossa história e sempre me amou e acolheu como filha, me deu uma emoção indescritível. Terminada a super produção (me senti uma celebridade com tanta gente cuidando de mim kkkkkkkkkkk) fui para casa e me arrumei para o jantar. Na hora marcada meu príncipe chegou para me buscar e fomos para um bistrô lindo daqui, super romântico! Quando chegamos a nossa mesa estava reservada e cheia de pétalas de rosas vermelhas. Achei lindo lindo, mas pensei que não seria naquele dia, porque quando havia saído de casa a minha mãe estava de camisola e ele sabia que eu queria que as nossas famílias e as pessoas mais próximas a nós participassem desse momento, por isso achei que não seria naquele dia. Enquanto conversávamos, entrou um rapaz com violino (tocando duas músicas lindas que sempre dissemos que iriam tocar no nosso casamento), nossos pais, nossos amigos mais próximos e então ele começou a falar, chorar e primeiro, ali na frente de todos, pediu à minha mão à minha mãe, relembrou um pouco da nossa história e depois se ajoelhou e me pediu em casamento! Não preciso dizer que chorei muito e que meu coração quase sai pela boca, né? Ah! As nossas alianças foram levadas numa bandejinha de prata, por crianças, filhos de uns amigos nossos, que serão nossos pajens e nossas damas no casamento, fofo né? Minhas amigas filmaram o pedido e eu sempre revejo, porque, de fato, foi o dia mais lindo das nossas vidas até agora. Noivamos sob as bênçãos do nosso bom Deus e das nossas famílias e ao lado das pessoas que fazem parte da nossa história desde o início.
Só quero dizer mais uma coisa: sonhem e coloquem seus sonhos em oração, diante de Deus, porque só Ele tem a capacidade de fazer surgir um oásis em meio ao deserto, como foi o nascimento do nosso amor em meio a um período tão difícil para ambos.
Hoje estamos com os preparativos a mil para o nosso grande dia, nosso 08.07.2016, o dia em que diz tanto para nós, o dia em que demos o primeiro beijo dois anos antes e desde então não nos separamos mais, o dia em que Deus ficará feliz com a nossa união e que seremos uma só carne.”
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