Casais, tudo bom?
O pedido de hoje está tão fofo, amei o jeito como a noiva conta toda a história tão apaixonada! Espero que gostem!
“Nossa história é como aquelas que a gente vê em filme e diz “isso nunca vai acontecer comigo”, mas no fundo a gente sonha com o dia em que seremos sorteados pra viver tal aventura surpreendente!
Eu e o Áquila somos jornalistas, ele de economia e eu de moda, comportamento, enfim… Áreas diferentes. Ele mora em Fortaleza e eu em Belém, e a possibilidade de nos esbarrarmos em alguma pauta era quase zero, ou apenas uma, o que foi o suficiente.
Em maio de 2012, fui escalada para uma pauta de tecnologia em São Paulo, um megaevento com imprensa do mundo inteiro. Sem que eu soubesse, o amor da minha vida também estava a caminho da pauta, escalado, por acaso, por uma pessoa que substituía a chefe dele. Chegando na Capital paulista, o transfer que me buscou perguntou se teria problema pegarmos outro jornalista antes de irmos para o hotel. Disse que não e lá seguimos para pegar… quem? O cara com o sorriso mais apaixonante.
Nos apresentamos e quando descobrimos a coincidência de sermos cearenses (sim, nasci em Fortaleza e minha família mora toda lá) o papo rendeu viu? Ele jurava que eu era assessora do evento até fazermos check-in no hotel. Acabamos ficando no mesmo andar e todos os dias ele ligava para me acordar para o café da manhã, além de ser minha companhia durante as coletivas. Foram quatro dias semeando uma amizade que mal sabíamos que nos levaria ao altar. Mesmos gostos, riso solto, sonhador. Eu não sabia explicar o que sentia quando estava perto dele, mas entendi tudo como um carinho e amizade. Até o dia de ir embora.
Na época, tanto ele como eu namorávamos, e seguimos para casa com aquela sensação de “quando será que vou sorrir desse jeito com alguém de novo?”. O voo dele era antes do meu e nos despedimos. Até que encontrei um bilhete na bolsa com uma letra que mal conseguia entender, mas que hoje consigo compreender o sentido de tudo. Era uma cartinha dele. Entre tudo o que estava escrito, o que mais marcou foi ele dizer que nunca tinha se encantado por alguém desse jeito e que poderia não ser naquele momento, mas um dia a gente voltaria a se encontrar. Dito e feito. Fiquei uma semana com aquilo entalado, mas não o respondi e deixei o tempo correr.
Mais de dois anos se passaram e durante esse período acompanhávamos nossas vidas através das redes sociais. Vibrava a cada premiação ou notícia boa na timeline dele, como quem fica feliz por alguém querido. Também recebia felicitações de aniversário no mês de abril, como quem recebe um abraço de quem mora longe. O tempo correu e em julho de 2014 voltamos a nos falar como dois velhos amigos. Ele teria uma pauta em Belém e pediu alguns contatos. Disse que o levaria até para tomar açaí com camarão. Daí em diante não deixamos de nos falar um só dia até hoje.
A pauta não rolou e a cada dia descobríamos mais afinidades. Era papo até altas horas da madrugada. Dessa vez estávamos solteiros, mas com viagem marcada para dois lados opostos: ele ia para Miami passar férias com a família e eu fazer intercâmbio de um mês em Londres. Tudo isso na mesma época (em agosto). Custamos a acreditar nessa história maluca de encontros e desencontros, que até então só acontecia nas telas do cinema. Mas não, era a nossa vida e a nossa história.
Voltando ao ponto, marcamos de nos encontrar pós férias, mas, por força do destino, tal encontro aconteceu antes e de um jeito muito louco e inesperado. Faltando alguns dias para ele embarcar para Miami, a conexão dele, que era em Manaus, foi alterada para onde? Isso mesmo: Belém! Agora olhem só. Com centenas de cidades, ele veio justo para minha. O fato é que ele teria apenas uma hora em solo paraense e foi aí que tudo fez sentido. No segundo encontro da vida, eu já sabia que era ele: o amor da minha vida. Na semana que ele iria chegar, fiquei louca, contei para as amigas e quando chegou o dia, logo depois do trabalho corri para encontrá-lo no aeroporto. Frio na barriga e coração batendo dentro e fora do peito. Um misto de ansiedade com saudade que eu não sabia bem como explicar. Enfim, nos encontramos no ponto combinado. Não teve nem “oi” antes dele me roubar um beijo que diria tudo. Foram os 60 minutos mais intensos da vida ali no aeroporto, o mesmo lugar que a gente faz ponte aérea há quase um ano.
O tempo esgotou, ele seguiu viagem e dias depois eu segui também. Não deixamos de nos falar um só dia e o sentimento de carinho, amizade e amor amadureceu com mais uma “distância” que nos foi imposta. Na volta para o Brasil, eu não pensava em outra coisa que não fosse ver o Áquila. O detalhe é que minha conexão de volta era por Fortaleza (outra grande surpresa da vida). Mas perdi vôo em Lisboa e trocaram a conexão. Quando o avisei, ele me enviou a foto de uma rosa vermelha que levaria para me encontrar no aeroporto. Senti o coração bater num novo compasso novamente. O tempo passou e na volta pra casa não demorou muito para a gente marcar um fim de semana no Cumbuco, uma praia linda que fica pertinho de Fortaleza. Faltava um mês para a viagem e antes disso, fui pedida em namoro por telefone e disse sim pela primeira vez para ele.
Até então, não entendia como alguém que vi apenas cinco dias poderia despertar um sentimento tão absurdo de lindo. A gente chegou a conclusão que era a vida sendo a vida. No fim das contas, parei de perguntar o por que de tudo e fui curtir o fim de semana com meu namorado, que nem conhecia direito, mas que já parecia ser coisa de outras vidas. Naquela viagem, aliás, quando tínhamos menos de duas semanas de namoro, ele olhou nos meus olhos e disse: “um dia eu vou te levar ao altar”. E eu acreditei.
Foram seis meses de namoro e em nossas famílias a sensação era sempre a mesma: da gente se sentir em casa e que nasceu pra viver tudo isso. Falávamos de casamento com frequência e a vontade de encurtar a distância só aumentava com o passar o tempo. Digo para ele que foram seis anos em seis meses, isso com a mesma intensidade e o frio na barriga do beijo roubado no aeroporto. Ele me conquista todos os dias e é tão feito pra mim. Eu, Deus e o mundo sabíamos que o pedido aconteceria, e meu coração dizia que não demoraria muito. Ele é tão urgente quanto eu, tem uma pressa danada de viver e a nossa história não poderia ser diferente.
Até que no último dia 25 de abril (meu aniversário de 24 anos), meus sogros vieram pela primeira vez em Belém conhecer meus pais. Já estava tudo armado sem que eu desconfiasse de nada. A festa estava linda, colorida e cheia de gente que nos ama. Em determinado momento, quando todos já haviam chegado, ele me puxou em um canto e me entregou uma caixinha. Chorei antes de abrir e descobri um pendrive com um bilhete dizendo “me assista”. Era um vídeo com todos os meus familiares, primos, avós e bizavós de Fortaleza, além de amigos de Belém, meus pais, irmãos e sobrinhos me desejando feliz aniversário. Eu jurava que acabaria ali, até porque não sabia se meu coraçãozinho sobreviveria a mais emoções. Mas sobreviveu.
O meu então namorado terminou o vídeo com uma declaração linda e disse que estava me esperando lá fora. Corri e vi o meu menino se vestir de príncipe, romântico e apaixonado como nos contos de fadas que eu sonhei para minha vida. Ele estava vermelho, nervoso e segurava plaquinhas com milhões de declarações, até que na última li a pergunta que toda mulher sonha: “você aceita se casar comigo?”. Com ele ajoelhado e um solitário numa caixinha, olhei para trás e avistei as pessoas mais importantes das nossas vidas emocionadas e cúmplices de tudo aquilo. Chorava de felicidade e pensava em tudo que nos levou até ali. Pensei em como a vida pode ser surpreendente e quão sortuda eu era por estar ali, exatamente ali, vivendo um sonho.
Quando consegui falar, disse mil vezes sim para o homem da minha vida. Sim para o conto de fadas. Sim para os encontros, para o destino, para a ponte aérea, para a felicidade, para nossa vida juntos. Enfim noivos e agora estamos vivendo a melhor fase deste momento: escolher os detalhes da festa (que são muuuuitos), especialmente pela missão desafiadora que é organizar um casamento de longe (será em Fortaleza), planejar nossa casinha nos mínimos detalhes, o destino da lua de mel e tudo o que sempre sonhamos. A moral da história é que distância é detalhe, saudade a gente encurta e quando as coisas tem que acontecer, elas acontecem. Na hora certa. Topar viver essa aventura foi o passo mais acertado que dei na vida”.
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