Casais!
Achei super bacana a história da Juliana! Ela mandou exatamente o texto que mandou para o Luis Guilherme, que será o celebrante do casamento dela, dia 16 de março em Floripa! A cerimônia será ecumênica e o Luis faz questão de conhecer bem a história dos noivos para ajudá-los a tornar a cerimônia mais pessoal e emocionante! Os noivos contam para ele a história de como se conheceram até o dia do pedido! E essa é a versão da noiva….
“Oi Luis,
Demorou mais do que eu imaginava para te contar essa história…talvez o fato de ter tantas atribuições durante o ano de 2012, de ter que escrever e bolar tantas coisas pro casamento, acabei ficando com um certo vazio imaginativo. O ano de 2012 foi muito especial, mas tambem muito intenso pra mim. Como sabes, o ano de preparação do casamento já é especialmente tenso pra noiva, que sempre fica com o maior numero de responsabilidades no que diz respeito a festa. Mas pra mim, além disso, teve o processo de mudança pra SP, a transferência do consultório pra lá, a montagem do nosso apartamento e enfim…uma avalanche de mudanças, incertezas e vários recomeços. Mas tive sorte de ter um grande companheiro nessa trajetória – o Tiago pode não ter sido muito participativo no que diz respeito aos detalhes do casamento, certamente não sabe como o monograma foi executado, como foi feito o convite, das noites perdidas pensando na decoração, nas músicas…gastei quase uma semana sentada com minha prima pensando no vestido (ah o vestido!!!!! que delicia e que tormenta pra uma noiva !)…mas foi ele o responsável por procurar e acertar todos os detalhes da nossa futura casa e ele se esmeirou em achar o melhor lugar pra que eu me sentisse bem, pra que eu ficasse bem instalada, próxima do novo consultório e com isso estranhasse menos a cidade. Foi em todas as lojas de decoração que eu quis, atendeu todos meus caprichos e desejos e fez da nossa primeira casa um lindo lar!
Mas agora…deixa eu te contar como chegamos até aqui…
Antes do Tiago, tinha tido 2 namoros á distância – um em NY e outro em SP. Em ambos os casos o desgaste da distância foi demais pra mim…saudade demais, tempo de menos e expectativas não atendidas acabaram por me deixar com verdadeira averssão á relacionamentos a distância. Então em outubro de 2011 eu estava literalmente, livre, leve e solta. Não estava a procura de nada nem de ninguém . Sabe aqueles raros momentos da vida em que nos bastamos? Assim.
No feriado de 12 de outubro – feriado do dia das criancas pra uns e pra outros de Nossa Senhora Aparecida, decidi que ficaria em casa curtindo minhas primas – elas são mais novas do que eu, eu praticamente criei, porém depois dos 20 e poucos anos, principalmente entre mulheres, a diferença de idade já não faz a menor diferença ( detalhe – elas serão minhas damas no casamento)…então fui pra casa da minha tia em Jurere com a intenção de ficar com elas, dar umas belas risadas, correr pela praia e …mais nada! Aproveitei que estava com vontade de ver uma amiga em SP ( a Andreia, que sera uma das madrinhas) e comprei passagem pra ir passar o final de semana seguinte com ela em SP ( sim, a estas alturas, já estava curada da minha averssão pelo aeroporto).
Mas como mulheres reunidas sempre acabam dando idéias umas pras outras, e como o feriado estava recheado de festinhas la por Jurere, resolvemos ir num sunset ( festa de final de tarde…) no cafe de La Musique ( que é uns 5 minutos da casa da minha tia).
Assim que chegamos lá, ficamos em frente a um grupo grande de meninos – acho que tinha uns 12-15 amigos na mesa a nossa frente e 2 deles acabaram vindo conversar conosco…nenhuma de nós estava no espírito da azaração e nem demos muita atenção pra eles nem pro convite insistente de que saíssemos juntos com o grupo deles mais tarde naquela noite…mesmo assim trocamos telefones entre todos. O convite sinceramente não interessou demais nosso grupo kkkk. Naquela mesa, de lado eu vi um cara…ele nem olhou pra nós, juro, estava quase que de costas e olhando pra outra direção….vestia uma camiseta branca e tinha a barba displicentemente mal feita e lindamente charmosa – aquele charme que só o coração enxerga sabe? …Esse cara me magnetizou….naquele minuto eu pensei: só iria a tal festa se fosse pra conhecer esse cara dali, mas ele não estava nem ai pra conversa rs. Mais tarde, a noite, nos ligaram pra sairmos juntos, mas a esta altura, ninguem mais queria sair. Eu ainda disse : Deus me livre de sair com esses paulistas!!!!!!!! A última coisa que eu preciso na minha vida agora é mais um relacionamento a distância! E assim acabou aquele feriado…
Mas na semana seguinte, seguindo o plano prévio, fui pra SP encontrar com a Andréia – ela me pegou no aeroporto e de cara ja avisou: vamos a uma festa a fantasia, o tema é hippie. Eu na hora desanimei – festa hippie!!!! Eu tinha acabado de voltar de NY com meu pai e estava com a mala cheia de roupas maravilhosas e moderninhas e ir a uma festa hippie não era nem de longe meu plano pra aquele dia…mas fui voto vencido. Não adianta querer enganar o destino…
Fomos pra festa hippie. Eu achando o fim da picada, mas fui….festa com amigas sempre acaba sendo legal!
Bem, chegamos lá e de fato, a festa estava legal…lá pelas tantas encontrei um dos meninos que estavam na festa de Floripa e que nos convidaram pra sair…numa cidade de milhões de pessoas, com centenas de festas acontencendo eu vou encontrar justamente esses caras por aqui!? Que estranho….
Estava numa rodinha com as amigas e a Andréia enxerga um amigo dela – olha lá fulana: o Pão de mel esta ali, vamos falar com ele! Eu já falei na hora – gente que tipo de homem tem o apelido de ” Pão de Mel” ? Rsrsrsrs….olhei pra trás e logo descobri que esse era exatamente o MEU tipo de homem – o tal Pão de mel era o Tiago. E era também o mesmo cara que estava quase de costas pra mim na festa de Jurere…o cara da camiseta branca, o cara da barba charmosa….o meu futuro marido.
E desde a tal festa hippie, a festa que eu não queria ir, com os caras que eu não queria encontrar, na cidade pra onde eu não queria voltar, que meu destino mudou pra sempre.
Foram semanas longas e finais de semana curtos. Horas e horas no aeroporto. Centenas de emails e mensagens de texto e sempre, muita saudade….e assim começou nossa história. Principalmente pra me ensinar que quando o destino resolve colocar alguém na sua vida, não há força maior. Que quando existe amor, nossa casa está onde mora o coração…
E chegamos ao pedido de casamento no ano novo de 2011 pra 2012 e um ano de 2012 bem agitado como te contei no início dessa história…
(Na festa hippie)!!
No final de 2011 estávamos um pouco esgotados pela distancia, porém entre nos acho que ja havia um sentimento mutuo de que nossa história teria um final inevitável: o de estarmos juntos pra sempre (preferencialmente na mesma cidade rsrs). Mas nao tínhamos nenhum plano concreto; o Tiago sabia que eu sendo medica e com uma carreira mais ou menos nem estabelecida em Florianópolis nao largaria tudo pra ir viver em Sao Paulo como namorada dele: era ou vai ou racha! O reveillon foi combinado junto com meu pai e alguns amigos próximos dele, em jurere internacional, numa balada super legal.
Confesso que lá no fundindo pensei comigo mesma: acho que pode ser hoje! A situação era muito perfeita sabe? Mas enfim, as horas foram passando e nada. A virada veio e nada. Acredito que toda a mulher lá no seus desejos mais secretos fantasia um pouco com isso e fica na expectativa, especialmente claro, quando sente que todos os caminhos sao naquela direção: a do esperado sim!
Acho que ja passava da uma da manha e ele me puxa de lado e diz: te amo! Quero passar o resto da vida com você! Prendi a respiração : era agora! E nada…kkkk nao tive como esconder minha decepção – so isso???
Tenho certeza que ele percebeu porque em seguida ele me segurou, olhou bem serio e disse : Ju você quer ser minha mulher???? Quer casar comigo??? Pronto: explosão – SIM SIM SIM!!! Desabamos em lagrimas principalmente por ele lembrar do pai, o Teco, falecido há alguns anos e que infelizmente nao cheguei a conhecer…ele disse que queria muito que o pai tivesse me conhecido ( eu também! Sei que seriamos grandes amigos!). Bem nessa hora apareceu um amigo do meu pai que viu que estávamos chorando e achou que tínhamos brigado : que nada, foram as melhores lagrimas de alegria da minha vida!!! Depois foi so festa e sorrisos, meu pai apareceu , ele fez o pedido e o resto eh história.
Ate hoje ele brinca que eu o ” obriguei” a fazer o pedido aquela noite… No fundo sabemos que nosso destino ja estava traçado há tempos, desde aquele feriado de 12 de outubro de 2011.”