Casais, então!
Sabe aquele pedido que você vai ler na frente do computador e talvez lágrimas possam rolar? É esse! Ou seja, se você estiver no escritório, numa baia repleta de gente, deixe para daqui a pouco tá?
“Eu e o Brian nos conhecemos em 2005, em uma festa na cozinha do alojamento estudantil do nosso intercâmbio. Estávamos estudando em Frankfurt, na Alemanha, e todas as nossas festinhas eram na cozinha mesmo!
Quando eu entrei, ele (irlandês) disse que ficou louco para conhecer a brasileira da turma, veio na minha direção e bem clichê perguntou “Do you know how to samba?”. Sim, sério, ele perguntou isso! Acho que se fosse qualquer outra pessoa eu viraria a cara, mas ele me conquistou ali mesmo! O olhar, a simplicidade e a alegria dele me encantaram! Passamos uns dias nos encontrando por acaso e logo veio o convite para o 1° encontro oficial: dia 05/11/2005 ele me levou no restaurante italiano Isoletta em Frankfurt e nesse dia começamos a namorar. Tinha um garçom que tirou uma foto nossa e eu tenho até hoje!
Estávamos juntos há poucos meses quando meu irmão faleceu, eu juntei as minhas coisas na mesma hora e fui para o aeroporto. No momento de embarque, o Brian tirou do bolso uma passagem e disse que iria comigo para o Brasil, que queria ficar ao meu lado. E ele veio, com a roupa do corpo. E enxugou todas as minhas lágrimas como prometido.
No dia dele retornar, estávamos no aeroporto de BH nos despedindo quando ele disse “Eu te amo” e eu pensei que era o fim, não veria ele novamente. Alguns meses depois meu pai disse que eu deveria retornar meus estudos na Alemanha, eu relutei muito, mas no fim ele falou “não tem um irlandês te esperando lá?”. Decidi retornar, ele foi me receber no aeroporto com flores e o mesmo olhar apaixonado! Ficamos juntos até o final dos estudos em Setembro de 2006. Na hora de retornarmos para casa, apesar de sabermos das dificuldades, decidimos manter o namoro a distância. Ele na Irlanda, eu no Brasil.
Foram 3 anos assim, nos encontrando a cada 6 meses e sempre por poucas semanas. Algumas vezes não tínhamos dinheiro, outras não tínhamos férias do trabalho. Algumas brigas por ciúmes, ataques de raiva por causa da distância, conversas pelo Skype e sempre uma vontade imensa de se ver. Nesse período longe, meu pai faleceu. O Brian estava no Brasil e novamente foi minha fortaleza. Na última vez que vi meu pai estava com o Brian, e meu pai me disse “Filha, ele é uma boa pessoa e vai cuidar de você”. O meu melhor amigo estava certo.
Chegou 2010, o banco que eu trabalhava me ofereceu uma oportunidade em Madrid, eu topei na hora e liguei para o Brian em êxtase! Era a nossa chance de ficar mais perto! Embarquei em Maio e passamos a nos encontrar todos os finais de semana na ponte-aérea Dublin-Madrid. Em Novembro do mesmo ano, comemorávamos 5 anos de namoro e decidimos retornar a Frankfurt onde nos conhecemos. O Brian reservou o hotel mais lindo e histórico da cidade que quando éramos estudantes brincávamos que um dia teríamos grana para ficar lá! Ele disse que tinha reservado um restaurante e para que eu me arrumasse. Quando cheguei no restaurante era o Isoletta! O mesmo do 1° encontro!
Fiquei feliz? Não! Fiquei super brava! Naquele momento percebi, que passaram 5 anos e a gente não tinha conseguido viver ao menos no mesmo país! Eu estava na Espanha e ele na Irlanda. Não dava mais. Durante o jantar fiquei brava, quase não comi e comecei um discurso. O Brian me olhava em choque! E eu brigando, não queria mais. Vou descrever abaixo o diálogo:
– Brian, não dá mais. Eu desisto. Nosso amor não é forte para ficarmos no mesmo país
– Mas Marina…. eu….
– Ah Brian, estou na Espanha por você, e você ainda em Dublin! Eu não consigo chegar mais perto! What is love for you?
– Amor, vamos tirar uma foto?
– Não quero tirar a foto! Para de arrastar a mesa! Está todo mundo olhando!
Então, ele de joelhos, com o mesmo olhar:
– Will you marry me?
E foi assim, quem ficou em choque fui eu! Claro que disse YES I DO!!! Nos casamos na Irlanda no civil em Julho/2011 e em Abril de 2012 religioso no Brasil!”.
E é com estórias como essas que provamos que o amor supera tudo: a distância, as tristezas e as alegrias!
Marina e Brian! Que esse sorriso que estampa a foto acima (by Marina Favato) permaneça em todos os dias da vida de vocês!
UPDATE: Pessoal, não resisti! A Renata , que fez a decor junto com a Melissa, deste lindo casamento, deixou um comentário tão fofo, que tive que dividir com vocês:
“A Marina veio por indicação da Camila Relva, super assessora!! Logo no primeiro encontro, lá estava o Brian, sem saber falar português e ficava somente falando que a Marina sonhava com o “rústico-chique” (num português bem macarrônico). A Marina é daquelas pessoas cativantes e cada reunião ou telefonema era o máximo. Reunião final, eis que o Brian surge com um português de dar inveja. Nunca tivemos dúvida do amor inspirador deles. Duas semanas antes do casamento, a Marina teve problemas sérios e ficou muito nervosa e ansiosa. Começou a ter dúvidas sobre as escolhas dela. A Camila, assessora, nos ligou muito preocupada com ela. Diante do que ela estava passando, resolvemos fazer algo inusitado: um jantar pra ela, onde por acaso era tb a prova de flores e escolha de peças de acervo. Sim, meninas, creiam!! Vinho vai, papo vem, soubemos de tudo o que está escrito acima. E a Ma estava com muita saudade do pai e irmão. Nasceu aí uma grande amizade, dessas que se leva pro resto da vida. Eu e a Mel resolvemos fazer algumas surpresas no projeto dela. Cada detalhe dessas surpresas foi muito pensado, muito cuidado. E o objetivo era fazer ela a pessoa mais feliz do mundo!! Colocamos nosso coração e nossa alma nesse projeto! Era uma experiência incrível pra gente também!!!! No dia D : uma chuva torrencial. Brian chega para conversar conosco. Ele não estava nem aí pra chuva, mas para a tristeza da Marina. Conversamos muito com ela durante o caos da montagem e prometemos que não iria chover na hora e que ela nem lembraria disso, no dia mais feliz da vida dela. Ainda bem que São Pedro resolveu nos ajudar. hehehhe. O casamento foi um sonho e eles felizes como nunca. Comeram muito, dançaram muito, foi exatamente como sonharam.
Com essa estória e duas pessoas tão, mas tão especial, tivemos ainda o privilégio de ganhar 2 amigões pro resto da vida, que nos cativam a cada dia (a cada jantar ou show de jazz, né)? Que sejam felizes pra sempre, porque merecem e são maravilhosos.
Com amor, Re e Mel”
Fofas, né?
Com carinho,
Say I do.